Confesso que me dá sempre um prazer quando vejo alguém “bater” no pseudo-intelectual do futebol Rui Santos.
Desta vez, foi Ricardo Araújo Pereira (Gato Fedorento) na sua crónica semanal do jornal A Bola (dia 14.Set.2008), a reconhecer a excelente (???) análise desse senhor ao jogo da nossa selecção contra a Dinamarca, e que passo a transcrever.
“É sempre lamentável quando alguém cai no flagelo da imparcialidade. Da equidistância em relação a tudo, da isenção, da neutralidade. Não poder manifestar uma preferência, uma paixão, ou passar a vida a fingir que se é imune a elas deve ser uma tarefa difícil e amarga.
Quando sucede o contrário, celebro. Por isso, esta semana tenho de dar os parabéns a Rui Santos.
Para mim, Rui Santos estava perdido para sempre. Era um pertinaz critico da clubite, quando a clubite é das melhores coisas que uma pessoa leva desta vida. Ninguém pode dizer que viveu enquanto não defender um argumento totalmente indefensável por causa do amor irracional que sente por alguém ou alguma coisa. Foi o que fez Rui Santos, esta semana. Rui Santos pode não ser benfiquista, sportinguista, ou portista, mas também tem clube: é carlosqueirosista.
Depois da derrota da selecção frente à Dinamarca, Rui Santos escreveu: «na inevitável comparação com o passado recente, a Selecção de Queirós deu aos portugueses um pouco mais de quase todas as variáveis que entram nas contas de um desafio (velocidade, ritmo ofensivo, sedução pelo futebol colectivo (...); só ficou a perder para a Nossa Senhora do Caravaggio!» Na verdade, também perdemos para o adversário, e em casa – coisa que, com Scolari, nunca aconteceu: o brasileiro não perdeu qualquer jogo de apuramento disputado em Portugal. Mas, como bom carlosqueirosista, Rui Santos encontra saldo positivo na selecção de Queirós.
É certo que a de Scolari ganhava, mas tinha menos velocidade. Agora perdemos, mas damos um baile em ritmo ofensivo. Os dinamarqueses vão para casa com os três pontos, mas também levam a certeza de que foram humilhados em sedução pelo futebol colectivo. Se aquilo que se vais organizar na África do Sul daqui a dois anos fosse um Campeonato do Mundo de Velocidade, Ritmo Ofensivo e Sedução Pelo Futebol Ofensivo, a selecção de Queirós ganhava de certeza.
As velhas vitórias morais acabaram de ganhar um nome mais sofisticado.”
Desta vez, foi Ricardo Araújo Pereira (Gato Fedorento) na sua crónica semanal do jornal A Bola (dia 14.Set.2008), a reconhecer a excelente (???) análise desse senhor ao jogo da nossa selecção contra a Dinamarca, e que passo a transcrever.
“É sempre lamentável quando alguém cai no flagelo da imparcialidade. Da equidistância em relação a tudo, da isenção, da neutralidade. Não poder manifestar uma preferência, uma paixão, ou passar a vida a fingir que se é imune a elas deve ser uma tarefa difícil e amarga.
Quando sucede o contrário, celebro. Por isso, esta semana tenho de dar os parabéns a Rui Santos.
Para mim, Rui Santos estava perdido para sempre. Era um pertinaz critico da clubite, quando a clubite é das melhores coisas que uma pessoa leva desta vida. Ninguém pode dizer que viveu enquanto não defender um argumento totalmente indefensável por causa do amor irracional que sente por alguém ou alguma coisa. Foi o que fez Rui Santos, esta semana. Rui Santos pode não ser benfiquista, sportinguista, ou portista, mas também tem clube: é carlosqueirosista.
Depois da derrota da selecção frente à Dinamarca, Rui Santos escreveu: «na inevitável comparação com o passado recente, a Selecção de Queirós deu aos portugueses um pouco mais de quase todas as variáveis que entram nas contas de um desafio (velocidade, ritmo ofensivo, sedução pelo futebol colectivo (...); só ficou a perder para a Nossa Senhora do Caravaggio!» Na verdade, também perdemos para o adversário, e em casa – coisa que, com Scolari, nunca aconteceu: o brasileiro não perdeu qualquer jogo de apuramento disputado em Portugal. Mas, como bom carlosqueirosista, Rui Santos encontra saldo positivo na selecção de Queirós.
É certo que a de Scolari ganhava, mas tinha menos velocidade. Agora perdemos, mas damos um baile em ritmo ofensivo. Os dinamarqueses vão para casa com os três pontos, mas também levam a certeza de que foram humilhados em sedução pelo futebol colectivo. Se aquilo que se vais organizar na África do Sul daqui a dois anos fosse um Campeonato do Mundo de Velocidade, Ritmo Ofensivo e Sedução Pelo Futebol Ofensivo, a selecção de Queirós ganhava de certeza.
As velhas vitórias morais acabaram de ganhar um nome mais sofisticado.”
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